quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Filé de costela David


Eu deveria ter vergonha de postar coisas tão banais aqui, mas pra tudo tem uma explicação. Tudo é culpa de uma série de fatores que influenciam a vida de quem mora sozinho, como já vamos ver.

Quem vive sozinho, como eu, e tem uma mínima preocupação que seja, com o que come, enfrenta alguns dilemas. Se a pessoa, ainda por cima, for "luxenta" e não gostar de repetir a mesma comida todo dia, aí mesmo que a a coisa começa a se complicar. Haja tempo e criatividade... Ainda bem que há certos truques que sempre "aliviam a barra".

Há pouco tempo conheci um novo corte de carne. Novo para mim, vamos ressaltar. Trata-se do FILÉ DE COSTELA. A primeira vez que o provei, foi num dia em que fizemos uma degustação de vinhos na minha casa, acompanhada de Tournedos e do tal filé de costela grelhados na bifeteira de ferro fundido de Divinópolis. Devo registrar que foi a carne brasileira que mais se aproximou, no meu entender, do delicioso bife de chorizo só encontrado na Argentina. O problema é que, como é uma carne muito entremeada de gordura, apronta uma tamanha sujeira que se leva quinze dias para limpar. O chão da minha cozinha ficou parecendo uma pista de patinação...

Muito bem. Eu tinha uma peça de filé de costela no freezer e não encontrava um momento de prepará-la. Sempre me lembrava da sujeira. Ontem, finalmente, deixei-a descongelando dentro da geladeira, planejando fazer algo com ela no almoço de hoje.

Outro problema de quem mora sozinho (talvez até seja o mesmo) é que tudo o que se compra é muito e tende a se estragar e perder. Eu estava com alguns tomates muito maduros que, se ficassem crus por mais um dia, teriam que ser descartados. Resolvi fazer um molho de tomates bem "pedaçudo", para depois congelar e utilizar quando pintasse uma ocasião. Só que eu já sei como sou, e aquilo seria apenas um momento intermediário antes de tudo ir para o lixo.

Hoje cedo eu tive a idéia de juntar os dois elementos que estavam à disposição. Pensei com meus botões: "- Como diz o Tiririca, pior que está não fica!" E lá fui eu. Limpei a carne o mais que pude e coloquei-a em uma assadeira funda. Temperei-a com pouco sal e pimenta do reino. Sobre ela, joguei o molho de tomate e levei tudo ao forno muito baixo, por duas horas, coberto com papel aluminizado.

Só devo dizer que tive que ter disciplina para não "enfiar o pé na jaca". Afinal, um mínimo de consideração com o perímetro na altura da cintura é desejável, quando possível.

INGREDIENTES

  • Uma peça de filé de costela (pouco mais de 1,5 Kg);
  • molho de tomates, "pedaçudo";
  • sal e pimenta do reino a gosto.


MODO DE PREPARAR

Limpe a carne, tempere-a a gosto e leve a uma assadeira refratária funda. Cubra com o molho de tomates, tampe com papel de alumínio e leve ao forno muito baixo, por cerca de duas horas. Sirva com arroz branco e legumes cozidos no vapor. É de se lamber!

O molho de tomates é aquele basicão que todos preparam. Eu frito bacon, cebola e alho, cubro com tomates concassé picados, tempero com sal, pimenta, açúcar e um fio de vinagre de arroz. Cozinho em fogo muito baixo por uma hora ou mais e pronto. Pode ser utilizado como molho de pizza, de cachorro-quente, ou qualquer outra aplicação que sua imaginação determinar.

5 comentários:

  1. Hummmmm!
    Nó! Deu agua na boca!
    No açougue peço file de costela mesmo, Sergio?
    Bjos

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  2. Olá!valeu pela receita, já fiquei salivando só enquanto lia...ganhei uma peça do meu sogro com pouco mais de 1kg e estava procurando uma receita para ela, já está decidido o almoço de domingo aqui em casa. Muito grata.

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  3. Tomara que você confirme o que eu disse, Andréa.
    Bom apetite.
    Grato pela visita, volte sempre.

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  4. fiz a receita sem bacon e recheiei com cenoura, beterraba e uvas passas, ficou gostosoooooo, valeu sergio!

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  5. Não seja por isso, Nem.
    As improvisações e adaptações são necessárias, sempre. É assim que a gente caminha pra frente.
    Grato pelas visitas.
    Forte abraço.

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