quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Pão caseiro David (Ex Pão da Lia)

Pão é a coisa mais deliciosa, fácil e mágica de se fazer. Claro que exige alguns pequenos cuidados, mas é apenas uma questão de entender o seu princípio. Pão é, basicamente, farinha e água. A receita do pão de hoje me foi passada pelo Luiz Márcio, que a aprendeu com uma garota que cuidava da casa em que ele e outros médicos moravam, em Araçuaí, interior de MG. Chamava-se "Pão da Lia" em homenagem à tal garota. Renomeei-o para o Blog.

Das primeiras vezes que o fiz, achei-o um tanto rústico, pesado e sem interesse, apesar de fácil. Recentemente, entretanto, resolvi fazê-lo com cuidado e atenção, e desde então, tem dado o maior Ibope, a ponto de gerar ciúme, como ontem, quando dei um para a Ludmilla, mas não tinha outro para a Márcia. Tive que voltar ao forno hoje, para reparar a "saia-justa". Aí, resolvi fotografar e publicar a receita, pois o blog está muito devagar. Vamos lá.

INGREDIENTES:
  •  500 g de farinha de trigo
  • 1 envelope (10 g) de fermento biológico seco
  • 225 ml de leite morno
  • 90 ml de óleo
  • 2 colheres (sopa) rasas de açúcar
  • 1/2 colher (sobremesa) de sal
  • 2 ovos

MODO DE PREPARAR:

Bater todos os ingredientes (menos a farinha) no liquidificador, despejar sobre a farinha, incorporar e sovar. Eu sempre prefiro o processador ao liquidificador. Coloco todos os ingredientes no processador e, se a massa ficar muito mole, dependendo do tamanho dos ovos, da umidade da farinha ou do dia, vou acrescentando mais farinha enquanto sova, até se formar uma bola ao redor das lâminas. Os dois processos funcionam igualmente bem.

Dividir a massa em duas partes, dar-lhe um formato mais ou menos alongado, colocar nas formas e deixar crescer em lugar protegido (forno desligado, microondas, armário) até quase derramar. Esta fase foi a que alterei, deixando mais tempo que deixava anteriormente. Hoje, por exemplo, ficou cerca de 3 horas fermentando.

Uma vez fermentado, ligar o forno na temperatura mínima e começar o assamento. Vai crescer ainda mais. Observar a cor do pão. Nos minutos finais, elevar a temperatura do forno para a máxima, a fim de dourar.

Deixar esfriar para poder desenformar sem risco de quebra, pois ele fica muito leve e macio. Agora é só comer. De preferência, com a COALHADA DAVID, cuja receita vai a seguir.


COALHADA DAVID
INGREDIENTES:
  • 1 litro de leite
  • 1 pote de iogurte sem sabor

MODO DE PREPARAR:

Aquecer o leite em uma panela, até uma temperatura ligeiramente superior à do corpo humano. 38 a 40 graus. Quem não tiver termômetro, basta colocar o dedo dentro e contar até 10.

Adicionar o iogurte e misturar completamente. Cobrir com um pano limpo e, em seguida, com a tampa da própria panela. Reservar em local protegido, de um dia para o outro, ou mais, dependendo do clima.

Depois que a coalhada adquirir a textura desejada, coá-la e descartar o soro que se forma. Um pano limpo sobre um escorredor de macarrão funciona muito bem. Coadores de papel, desses de fazer café, também funcionam muito bem. É interessante deixar coar dentro da geladeira.

A consistência final deverá ser cremosa e firme. Nesse ponto, incorporar bastante azeite de oliva e temperar com sal, pimenta calabresa, pimenta do reino, etc. Na hora de servir, mais azeite. Geladinha sobre fatias de pão fresquinho é um dos petiscos mais simples e deliciosos que se possa querer.

Duas observações finais. 
  1. Claro que, quem puder utilizar leite cru, ou seja, não industrializado, terá vantagens. Quem for definitivamente urbano, como eu, pode usar leite de caixinha, sem susto. 
  2. O iogurte só será necessário para a primeira receita. Da segunda repetição em diante, o mais interessante é usar um pouco da própria coalhada feita anteriormente. Mas isso, se sobrar, claro.