domingo, 19 de dezembro de 2021

Risoto à Alfredo-David


 Sabe quando o cara atira no que viu e acerta o que não viu? Pois foi o que fiz hoje com este risoto, misto de improviso e ousadia, com uma grande dose de sorte.

Ontem eu havia feito um Fettuccine à Alfredo. Só que o molho de manteiga e parmesão sempre é muito para uma só pessoa. Comi, fiquei com pena de jogar a sobrinha fora e guardei num potinho na geladeira. Geralmente, esses potinhos são só uma forma de adiar o inevitável, que é o lixo. Mas não desta vez.

Comecei a fazer um risoto de frango, sem novidades. Até que chegou o momento de finalizar com a manteiga e o parmesão. Abri a geladeira para pegar os dois e me lembrei do potinho de ontem. Pensei: "- Se não uso hoje, não uso mais." Resolvi me arriscar. Afinal, era só eu, se desse errado, eu sempre poderia descongelar um filé e pronto. Juntei o molho Alfredo de ontem ao risoto de hoje e -Bum- como ficou bom! Resolvi até deixar anotado aqui, senão, nunca mais conseguiria repetir a proeza.

INGREDIENTES:

  • Uma xícara de cafezinho com arroz branco (medida para uma pessoa)
  • Alho, cebola e aipo batidinhos, para o refogado
  • Um sassami picado em cubinhos e temperado com molho inglês, ajisal e azeite de oliva
  • Sobra do molho Alfredo do dia anterior
  •  Uma xícara de cafezinho com cachaça 
  • Pimenta muito ardida

MODO DE PREPARAR:

Em uma frigideira funda, aqueça um generoso fio de azeite de oliva e frite o frango (sassami) sobre o refogado de alho, cebola e aipo (se gostar, evidentemente). Junte o arroz e frite, cobrindo todos os grãos com o líquido da frigideira. Junte a cachaça e deixe evaporar. Baixe o fogo. Alguém há de estranhar eu usar cachaça, mas qualquer bebida alcoólica faz o mesmo papel do vinho branco: é apenas para facilitar a liberação do amido pelo arroz. Preferindo, não há problema em usar um bom vinho branco, o mesmo que for usar acompanhando a refeição.

Mexa constantemente e, quando começar a secar, comece a juntar água fervente (não tenho paciência de fazer caldo e não uso os cubinhos), continuando a mexer e repetindo a adição de água até que o arroz esteja al dente. Adicione a pimenta, se desejar, e incorpore. Nesse ponto, desliga-se o fogo e junta-se o parmesão ralado e a manteiga. Eu não acrescento mais sal, porque já havia temperado o frango, e o queijo e a manteiga também já são salgados. Mas isso é do gosto de cada um.

Foi nesse ponto que, em lugar do queijo e da manteiga, juntei o molho do dia anterior, ainda com o fogo ligado, pois ele estava gelado, e continuei a mexer até incorporar e começar a encorpar novamente. Pronto.

Servi, salpiquei cebolinha de folha, colhida no quintal, acompanhei com um Chardonnay que já estava aberto, e não digo mais nada, a não ser que em algum lugar da Bíblia deve haver alguma passagem proibindo isso explicitamente. Não vou procurar. Vai que...



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